domingo, 18 de abril de 2010

crack a idade da pedra

os bruchos cientistas.

Os bruxos cientistas.
Cientistas os que darão inicio as pesquisas destes alucinógenos,
Causas e efeitos de venenos ou curas ;


A Droga mais perigosa do Mundo..
Cocaína? Heroína? Crack? Álcool? Lsd? Extasy? Haxixe? Coca-cola? Não. Nada disso. A droga mais perigosa do mundo vem de uma flor – e não é a papoula. É o lírio.

Escopolamina: Esta é uma droga incolor, inodora e isípida. Ela é conhecida como hyoscina e é classificada como um Alcalóide tropano. Esta droga pode ser obtida a partir de plantas Solanaceas (nightshade). A maior parte da escopolamina vem da erva de Nome científico: Datura suaveolens L.
Cujo nome popular é trombeta, trombeta-de- anjo, trombeteira, cartucheira, zabumba. (também conhecido como lírio, copo de leite, sete saias) As plantas que dão origem a droga são muitas, e muito disponíveis, o que torna o uso generalizado, e extremamente perigoso. Trata – se, surpreendentemente, de uma das substâncias mais temidas no país que é considerado uma das maiores capitais exportadoras das drogas no mundo, a Colômbia.

Somente na Colômbia, existem 50.000 casos notificados de intoxicação por Scopolamina, embora raramente quem surge notificando um caso dessa intoxicação recebe tratamento adequado. A droga é usada principalmente por criminosos quase como uma forma de tornar suas vítimas totalmente dóceis e indefesas. Desse modo os ladrões podem esvaziar as contas e as casas das vítimas antes que elas se recuperem obnubilação da consciência. Além disso, as mulheres têm sido drogadas repetidamente e mantidas como escravas sexuais. Não raro, a droga é usada para fazer com que mulheres sejam convencidas a desistir voluntariamente dos seus próprios filhos, que são revendidos no mercado negro de escravos, adoção e se bobear, venda de órgaos. O mais terríveis efeitos secundários do princípio ativo não é a capacidade de criar zumbis, mas a completa amnésia, provoca em quem usa. É basicamente o “boa noite cinderela”, mas super-potente.

Veja só que bizarro esta notícia da Reuters:
“BOGOTA, Colombia (Reuters) – A última coisa Andrea Fernandez recorda antes de ser drogada é estar segurando seu bebê recém-nascido no colo em um ônibus. A polícia a encontrou três dias depois, mutilando a si mesma e perambulando com os seios à mostra no acostamento de uma movimentada estrada. Seu rosto apresentava marcas de violência e seu filho foi havia sumido. A polícia suspeita que ela tenha sido violentada. Andrea Fernandez, mãe de três filhos, se tornou submissa suficiente para perder o seu filho mais novo. “

Escopolamina pode ser administrada facilmente em uma vítima através da bebida ou comida. O pó também pode ser simplesmente soprado vítimas num sentido geral. O resultado deste tipo de intoxicação é a zumbificação ou em excesso, a morte imediata. Têm sido reportados casos de mulheres colocando escopolamina sobre seus seios e, em seguida, seduzindo caminhoneiros, motoristas e homens em geral a lamber seus mamilos. E assim, mais um zumbi se forma.
Alguns dados curiosos sobre a droga:

1. A Escopolamina foi usada como defensivo agrícola nas plantações de Coca. Isto porque a fórmula química da cocaína, C17H21NO4, é idêntica à de Escopolamina. Ambas têm a mesma fórmula, mas como são feitas com estruturas moleculares diferentes, causam diferentes efeitos sobre o cérebro humano.
2. Em 1963 o Supremo Tribunal julgou no caso de Townsend versus Sain, que o “soro de induzir a confissão” foi uma forma de tortura e, portanto, inconstitucional. A decisão foi baseada nas confissões de Townsend, cujas admissões de culpa foram feitos sob a influência da Escopolamina.
3. Em 1922, ocorreu a Robert House, um obstetra de Dallas, Texas que a droga escopolamina poderia ser empregada no interrogatório de criminosos suspeitos. A Escopolamina foi mais tarde usada pelo Dr. House para obter inforações de criminosos sob interrogatório em Dallas. Sua experiência atraiu grande atenção, bem como a ideia de um “soro da verdade” foi lançado sobre a consciência pública.
4. O tratamento com escopolamina hydrobromide bloqueia os receptores colinérgicos muscarínicos e produz uma rápida, e robusta resposta antidepressiva em pacientes até então deprimidos unipolares ou em depressão bipolar, Maura L. Furey, Ph.D., relatado num congresso internacional promovido pela Federação Mundial de Sociedades de Psiquiatria Biológica
5. No início do século XX, os médicos começaram a empregar escopolamina, juntamente com morfina e clorofórmio, para induzir um estado de “sono crepuscular” durante o parto. Neste estado obliterado da consciência, os pacientes responderam às perguntas com precisão e de maneira excepcionalmente sinceras.
6. A escopolamina foi um dos vários fármacos utilizados num documento (recentemente desclassificado como secreto) pela CIA. Curiosamente, a droga foi usada num programa para descobrir a origem, e controlar o tráfico de drogas. O projeto foi denominado Projeto Relato de uma experiência com esta droga (obtida por um indivíduo de 35 anos do sexo masculino.)

Ingestão de 7g de Escopolamina

+30 Minutos: O início dos sintomas periféricos medidas anti – colinérgicos, por exemplo, boca seca, visão borrada, pupilas dilatadas, febre alta, dilatação dos capilares das mãos e dos pés. Rosto começa a suar muito. Dificuldade de ordenação do pensamento. Dificuldade na construção de frases.

+1 Hora: Delírio de fixação, substancial diminuição do tônus muscular, resultando em um andar de zumbi. Redução brutal da lateralidade. Esbarrão em qualquer coisa. Taxa de batimentos cardíacos aumentados.

+2 Horas: Músculos quase completamente relaxados, de modo que agora é impossível andar (O sujeito apenas rasteja, co dificuldade). Sintomas de febre alta. Disritimia cardíaca. Audição prejudicada. Pupilas totalmente dilatadas. Alteração na percepção das cores. As cores são agora muito ricas e brilhantes, como na intoxicação por THC (maconha). A percepção visual é insuficiente. O texto é borrado e não importa quanto o sujeito tente se concentrar. Ler qualquer coisa é impossível. A percepção de profundidade fica severamente prejudicada, o que torna impossível mensurar as distâncias de modo que chegue perto de objetos sem bater ou ficar aquém do ponto determinado.

+3 Horas: As paredes parecem estar respirando (WTF!) ; Os objetos são um turbilhão de vida e formas, fazendo de um modo geral um cenário assustador ao redor do indivíduo. O sujeito não tem nenhum insight; Estas são ALUCINAÇÕES REAIS, ao contrário de visões líricas e distorções infantis que ocorrem com LSD e drogas psicodélicas. O efeito sobre a personalidade é aterrador.

+4 Horas e em diante: Os Músculos estão tão fracos que parece necessitar de uma força sobre-humana a mera ação de levantar um dedo. O sujeito sente uma força opressora apertá-lo. Como se viesse um dedo de Deus gigante e o forçasse para a cama, paralizando-o. O campo visual é completamente tapada por diversas formas vivas e uma espécie de espuma de embaçamento que surge de modo aleatório. A garganta está seca, a língua parece ter areia. O sujeito já não sabe onde ele está, não não sabe quem é, se está dormindo ou acordado. O Sujeito oferece a sua alma ao demônio que está sentado sobre ele (WTF!!!!!) em troca de um refrescante e singelo copo de água. O demônio aceita o trato. Captura a sua alma, mas não lhe concede o desejo – a água. O sujeito aceita pacíficamente que é burro e que está fadado a maldição eterna.

+16 Horas: O sujeito encontra-se no local de trabalho, absolutamente perplexo. Ele sabe que ele está no meio de uma conversa com alguém, pede para que a pessoa a repetir aquilo que foi dito. De alguma maneira ele consegue lidar com tudo no trabalho sem dar bandeira. Vagamente ele se lembra da manhã até o momento em que se deu conta de onde estava. Felizmente, não há lesões, com exceção de alguns hematomas leves. Conclui que ele deve ter caído nas escadas enquanto perambulou zumbificado pelo prédio. Mais tarde, ainda no mesmo dia, o sujeito fica chocado ao descobrir que ele havia terminado uma considerável quantidade trabalho. Trabalho bem complexo, que exigiu muita atividade intelectual para fazer. Porém ele nem sequer se lembra que lhe tenha sido delegada essa tarefa. Devido a visão ainda meio borrada, a leitura é um pouco difícil.
+20 Horas: O sujeito vai para casa, vê uma tigela de arroz cozido na geladeira. Ele não se lembra de sequer ter cozinhado arroz. Também encontra uma escovas de dentes e alguns fios dentais (mais do que usa de costume) amarrado ao redor do criado-mudo. Há também um controle remoto no banheiro. O sujeito começa a ter uma paranóia sobre diversas entidades que se ocultam em toda a sua casa. Ele vê criaturas fugazes na sua visão periférica.

+48 Horas: a memória e a sanidade do sujeito estão de volta ao normal, mas ele está profundamente abalado e arrependido de ter experimentado um delírio colinérgico.


A seguir, veremos um vídeo de três pessoas dopadas com Escopolamina. As pessoas neste vídeo aparentemente comeram as sementes da arvore borrecheira e estão intoxicadas. (Eles não estão atuando. Estão realmente chapados) O melhor é o segundo. (3 zumbis)MK Ultra..

crack a idade da pedra

O retorno da idade da pedrada,CRACK

O mundo volta à idade da pedra,tornando-se, seres com cérebros dessecados inúteis.
Depois do ser humano ter desenvolvido num atual tempo de sabedorias, voltar numa era passada em que os homens não tinham a noção do que seriam no futuro.
Agora como na idade da pedra o ser humano, esta retrocedendo o cérebro com o uso do Crack.
Nos conseguimos desenvolver nosso cérebro de milhares de anos , pra chegar à evolução
Atual .
E agora as pedras do crack esta dessecando os cérebros dos humanos.
Vamos entender,como os seres humanos na anciã de enriquecimento. esta devastando a terra ,calçando destruição e devastação sem limites voltados a uma ganância.
Criam em laboratórios ,as drogas para serem usadas em cobaias,


Dietilamida do ácido lisérgico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Dietilamida do ácido lisérgico
Aviso médico

Nome IUPAC (sistemática)

(6aR,9R)-N,N-Dietil-7-metil-4,6,6a,7,8,9-
hexahidroindolo-[4,3-fg]quinolina-9-carboxamida
Identificadores
CAS
50-37-3

ATC
?
PubChem
5761

Informação química
Fórmula molecular
C20H25N3O

Massa molar
323,43 g/mol
SMILES
O=[C@@](N(CC)CC)[C@H]
1CN(C)[C@](C2=C1)([H])
CC3=CNC4=C3C2=CC=C4
Sinónimos
LSD, LSD-25, lisérgido, dietilamida do ácido d-lisérgico
Dados físicos
Ponto de fusão
80 °C

Farmacocinética
Biodisponibilidade
?
Metabolismo
hepático
Meia-vida
3 horas
Excreção
renal
Considerações terapêuticas
Administração
Oral, Intravenosa, Transdermal
DL50
?
LSD é o acrônimo de Lysergsäurediethylamid, palavra alemã para a dietilamida do ácido lisérgico, que é uma das mais potentes substâncias alucinógenas conhecidas.
O LSD, ou mais precisamente LSD25, é um composto cristalino, que ocorre naturalmente como resultado das reações metabólicas do fungo Claviceps purpurea, relacionado especialmente com os alcalóides do ergot podendo ser produzido a partir do processamento das substâncias do esporão do centeio. Foi sintetizado pela primeira vez em 1938 e, em 1943, o químico suíço Albert Hofmann descobriu os seus efeitos de uma forma acidental.
É uma droga que ganhou popularidade na década de 60, estando seu consumo culturalmente associado ao movimento psicodélico, mais conhecido na tradicional "fase psicodélica" da banda de rock inglesa The Beatles entre 1965 à 1967, e de muitas outras, como o Pink Floyd, cujo vocalista e guitarrista fundador Syd Barrett enlouqueceu devido ao consumo excessivo de drogas.[carece de fontes?]
A dietilamida do ácido lisérgico é sintetizada clandestinamente a partir da cravagem de um fungo do centeio (Claviceps purpurea). Pode apresentar a forma de barras, cápsulas, tiras de gelatina, liquída, micropontos ou folhas de papel secante (como selos ou autocolantes), sendo que uma dose média é de 50 a 75 microgramas. É consumido por via oral, absorção sub-lingual, injetada ou inalada. Esta substância age sobre os sistemas neurotransmissores serotononérgicos e dopaminérgicos. Além disso, inibe a atividade dos neurônios do rafe (importantes em nível visual e sensorial). Atualmente não é utilizada na terapêutica, apesar de já ter sido extensivamente usada e pesquisada em décadas passadas.
Índice
[esconder]
• 1 Terminologia
• 2 Origens e história
• 3 Regulamentação e pesquisa
• 4 Dosagem
o 4.1 Overdose
• 5 Efeitos
• 6 Ações consecutivas do LSD
o 6.1 Farmacocinética
o 6.2 Físicos
 6.2.1 Espirituais
o 6.3 Flashbacks
o 6.4 Psicose
• 7 Química
o 7.1 Estabilidade
• 8 Produção
o 8.1 Formas de LSD
• 9 Riscos
• 10 Referências
• 11 Ligações externas

[editar] Terminologia
O número 25 representa a 25ª síntese da ergotamina que resultou no LSD. Antes do LSD, Albert Hofmann sintetizou outras 24 substâncias à partir da ergotamina, a fim de encontrar a que continha os efeitos abortivos desejados na pesquisa realizada.
O LSD também recebe outros nomes como ácido, doce, cones, microponto, gota, fiote, quadrado, papel,macrobiótico, kblos, porongos, bike, filete, selo, trips, allone, passaporte, audiovisual e farpa.
Recebe também alguns nomes dos desenhos impressos nas cartelas dos selos (Blotter's), onde contém a droga: Estrela, Popeye, Mickey Mouse, Chapeleiro Maluco, Copas, Mestre Yoda, Shiva, Hofmann cinquentenário, Bike 100 anos, Bike 2000 , Bike 2008 , Bike 2009, Bunnys, Hofmann, Olho de shiva , Alice , Gato Felix, Rolling Stones, Pato Donald, Fat Freddy Cat, California Sunshine, Panoramix 100, Panoramix 500, Panoramix 1000, Bart Simpson, Che Guevara, Daffy Duck, Hofmann 2000, Alex Grey, Black mushroom, Fantasma...
Alguns recebem a terminologia "Double Face", por ex.: "Bike 100 anos Double Face" ou "Hofmann Double Face". Os traficantes alegam que o double face é um selo que teve aplicado em ambos os lados a substância LSD, o que por ventura o tornaria mais potente.
[editar] Origens e história


Albert Hofmann, o "pai" do LSD
O LSD foi sintetizado pela primeira vez em 7 de abril de 1938 pelo químico suíço Dr. Albert Hofmann nos Laboratórios Sandoz em Basel, Suíça, como parte de um grande programa de pesquisa em busca de derivados da ergolina úteis para a medicina. A descoberta dos efeitos do LSD aconteceu quando Hofmann, após manuseio contínuo de substâncias (A pequena quantidade de LSD absorvida pelo contato com a pele é o suficiente para produzir seus efeitos) se viu obrigado a interromper o trabalho que estava realizando devido aos sintomas alucinatórios que estava sentindo.
Suas propriedades psicodélicas permaneceram desconhecidas até 5 anos depois, quando Hofmann, dizendo sentir um "pressentimento peculiar", voltou a trabalhar com a substância química. Ele atribuiu a descoberta dos efeitos psicoativos do composto a uma absorção acidental de uma pequena porção em sua pele em 16 de abril, que o levou a testar em si próprio uma dose maior (250 µg) em 19 de abril.[1] Dr. Hofmann então chamou um médico, que não encontrou nenhum sintoma físico anormal, exceto suas pupilas dilatadas acentuadamente. Depois de passar várias horas apavorado achando que havia sido possuído por um demônio, que sua vizinha era uma bruxa e que seus móveis estavam o ameaçando, Dr. Hofmann temia que ele havia se tornado completamente insano.


Timothy Leary, um dos grandes incentivadores do uso de LSD para uso terapêutico e espiritual, sendo preso nos Estados Unidos em 1972
Até 1966, LSD e a psilocibina eram fornecidos pelos Laboratórios Sandoz gratuitamente para cientistas interessados sob a marca chamada "Delysid".[1] O uso destes compostos por psiquiatras para obterem um entendimento subjetivo melhor de como era a experiência de um esquizofrênico foi uma prática aceita. Muitos usos clínicos foram conduzidos com o LSD para psicoterapia psicodélica, geralmente com resultados muito positivos.
O LSD foi inicialmente utilizado como recurso psicoterapêutico e para tratamento de alcoolismo e disfunções sexuais.
Com o movimento psicodélico na Inglaterra na década de 1960, passou a tomar conta das noites londrinas e do cenário musical inglês. O consumo do LSD difundiu-se nos meios universitários norte-americanos, hippies, grupos de música pop, ambientes literários, etc.
Recentemente verificou-se um aumento do consumo de LSD, provavelmente como resultado da influência do revivalismo dos anos 60 e 70 e das festas de música eletrônica chamadas raves.
[editar] Regulamentação e pesquisa
Os serviços de inteligência da guerra fria estavam muito interessados nas possibilidades de utilizar o LSD em interrogatórios e em controle de mente, e também para uma engenharia social de larga escala. A CIA conduziu diversas pesquisas sobre o LSD, das quais a maioria foi destruída. O LSD foi a área central de pesquisa do Projeto MKULTRA, um codenome para o projeto da CIA de controle de mentes. As pesquisas deste projecto tiveram início em 1953 e continuaram até 1972.[2] Alguns testes também foram conduzidos pelo Laboratório Biomédico do Exército dos Estados Unidos. Voluntários tomaram LSD e então passaram por uma bateria de testes para investigar os efeitos da droga nos soldados. Baseado nos registros públicos disponíveis, o projeto parece ter concluído que a droga era de pouco uso prático para o controle de mente, levando o projeto a desistir do seu uso. Os projetos da CIA e do exército norte-americano se tornaram muito controversos quando eles vieram ao conhecimento da população nos anos 1970s, já que os voluntários dos testes não eram normalmente informados sobre a natureza dos experimentos, ou mesmo se eles eram testados nos experimentos. Muitas pessoas testadas desenvolveram doença mental severa e até cometeram suicídio após os experimentos. A maioria dos registros do projeto MKULTRA foi destruída em 1973.
O governo britânico também se interessou em testar o LSD; em 1953 e 1954, com os cientistas trabalhando para procurar uma "droga da verdade". Os voluntários dos testes não eram informados de que estavam consumindo LSD, e foi informado a eles que estavam fazendo pesquisas para outras doenças. Um voluntário, na época com 19 anos, relatou ver "paredes derretendo, e rachaduras aparecendo nos rostos das pessoas, olhos que corriam nas bochechas, entre outras figuras". Depois de manter os testes em segredo por muitos anos, o governo britânico aceitou em 2006 pagar aos voluntários uma compensação financeira. Assim como a CIA, os britânicos decidiram que o LSD não era uma droga útil para propósitos de controle de mente.[3]
O LSD se tornou primeiramente recreacional em um pequeno grupo de profissionais de saúde que estudavam a mente, como psiquiatras e psicólogos, durantes os anos 1950s.
Diversos profissionais da saúde se envolveram em pesquisas sobre o LSD, mais notavelmente os professores de Harvard Dr. Timothy Leary e Richard Alpert, se convenceram do potencial do LSD como uma ferramenta para o crescimento espiritual. Em 1961, o Dr. Timothy Leary recebeu uma quantia de dinheiro da Universidade de Harvard para estudar os efeitos do LSD em voluntários. 3.500 doses foram dadas para mais de 400 pessoas. Daqueles testados, 90% disseram que eles gostariam de repetir a experiência, 83% disseram ter aprendido alguma coisa ou ter tido uma "iluminação" (insight), e 62% disseram que o LSD mudou suas vidas para melhor.
A droga foi proibida nos Estados Unidos em 1967, com as pesquisas terapêuticas científicas assim como pesquisas individuais também se tornando cada vez mais difíceis de se realizar. Muitos outros países, sob pressão dos Estados Unidos, rapidamente seguiram a restrição. Desde 1967, o uso recreacional e terapêutico do LSD tem continuado em muitos países, suportado por um mercado negro e uma demanda popular pela droga. Experimentos de pesquisa acadêmica legalizados ainda são conduzidos esporadicamente, mas raramente envolvem seres humanos. Apesar de sua proibição, a cultura hippie continuou a promover o uso regular de LSD. Bandas como The Beatles, The Doors, The Grateful Dead e Pink Floyd fizeram esse papel.
De acordo com Leigh Henderson e William Glass, dois pesquisadores associados ao Instituto Nacional das Drogas de Abuso dos Estados Unidos que fizeram uma pesquisa na literatura médica em 1994, o uso do LSD é relativamente incomum quando comparado com o abuso da bebida alcóolica, cocaína e drogas de prescrição. [4] Henderson e Glass concluíram que os usuários de LSD típicos usam a substância em épocas infrequentes, abandonando o uso dois a quatro anos após. No geral, o LSD pareceu ter menos consequencias adversas na saúde, das quais as bad trips foram as mais relatadas (e, os pesquisadores concluiram, uma das principais razões pelas quais os jovens param de usar a droga).[5]
[editar] Dosagem


Comparação do tamanho de um papel de LSD ao de um fósforo
O LSD é, por massa, uma das drogas mais potentes já descobertas. As dosagens de LSD são medidas em microgramas (µg), ou milionésimos de um grama. Em comparação, as doses de quase todas as drogas, sejam recreacionais ou médicas, são medidas em miligramas (mg), ou milésimos de um grama. Hofmann determinou que uma dose ativa de mescalina, aproximadamente 0,2 a 0,5 g, tem efeitos comparáveis a 100 µg ou menos de LSD; em outras palavras, o LSD é entre cinco ou dez mil vezes mais ativo que a mescalina.[1]
Enquanto uma dose típica única de LSD pode estar entre 100 e 500 microgramas — uma quantidade aproximadamente igual a um décimo da massa de um grão de areia — seus efeitos mínimos já podem ser sentidos com pequenas quantidades como 20 microgramas.[6]
De acordo com Stoll, o nível de dose que irá produzir um efeito alucinógeno em humanos é considerado ser 20 a 30 µg, com os efeitos da droga se tornando marcadamente mais evidentes com dosagens mais altas.[6][7] De acordo com um "review" de Glass e Henderson, os produtos oriundos do mercado negro de LSD, em geral, não sofre adulterações, embora algumas vezes é contaminado por produtos derivados da fabricação. As doses típicas nos anos 1960s variavam de 200 a 1000 µg, enquanto as amostras encontradas nas ruas dos anos 1970s continham 30 a 300 µg. Na metade dos anos 1980s, a média tinha reduzido para 100 a 125 µg, baixando ainda mais nos anos 1990s para 20–80 µg. (Glass e Henderson concluíram que doses menores geralmente produziam menos bad trips.)[5] Dosagens por usuários freqüentes podem ser tão altas como 1.200 µg (1,2 mg), mesmo que uma dosagem tão alta possa gerar reações físicas e psicológicas desagradáveis.
Estima-se que a dose letal (LD50) do LSD varie de 200 µg/kg a mais de 1 mg/kg de massa corporal humana, embora a maioria das fontes relatem que não há casos conhecidos de humanos com uma overdose dessa quantia. Outras fontes relatam uma suspeita de overdose fatal de LSD ocorrendo em 1974 em Kentucky na qual houve indicativos que ~1/3 de uma grama (320 mg ou 320.000 µg) tinham sido injetadas intravenosamente, ou seja, mais de 3.000 vezes a dose típica de uso oral (cerca de 100 µg tinham sido injetadas).[8]
Mostrou-se que existe uma tolerância cruzada entre o LSD, mescalina e psilocibina. Esta tolerância diminui depois de alguns dias de abstenção do uso.
[editar] Overdose
Inexistem estudos que comprovem a existência de overdose por LSD, mesmo doses maciças são toleradas devido ao mecanismo de ação da droga que se dá pelo bloqueio dos receptores pré-sinápticos da dopamina (D1 e D2 principalmente) o que aumenta a concentração de dopamina na fenda sináptica. Por conseqüência, inexiste dose letal para a droga na sua forma pura. Isso implica que aumentos na dosagem não levam a aumentos no efeito tóxico da droga, a partir de uma dosagem limite, sendo que o excesso da droga é eliminado pelo organismo da forma usual (desintoxicação hepática e eliminação pela urina dos metabólitos solúveis).
[editar] Efeitos


Representação em 3D da molécula de LSD
Os efeitos variam conforme a personalidade do sujeito, o contexto (ambiente) e a qualidade do produto, podendo ser extremamente agradáveis ou muito desagradáveis. O LSD pode provocar ilusões, alucinações (auditivas e visuais), grande sensibilidade sensorial (cores mais brilhantes, percepção de sons imperceptíveis), sinestesias, experiências místicas, flashbacks, paranóia, alteração da noção temporal e espacial, confusão, pensamento desordenado, despersonalização, perda do controle emocional, sentimento de bem-estar, experiências de êxtase, euforia alternada com angústia, pânico, ansiedade, dificuldade de concentração, perturbações da memória, psicose por “má viagem” (bad trip). Poderão ainda ocorrer náuseas, dilatação das pupilas, aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco, debilidade corporal, sonolência, aumento da temperatura corporal.
[editar] Ações consecutivas do LSD
• Latência, de 0,5 a 3 horas
• Frio ou calor, dor de cabeça, insônia, dilatação da pupila.
• Sensações de medo e angústia
• Alterações de tempo, espaço, visual.
[editar] Farmacocinética
Os efeitos do LSD normalmente duram de oito a doze horas[9] -- Já foi relatado que: "distúrbios intermitentes podem ocasionalmente persistir por diversos dias."[1] Ao contrário dos registros anteriores e da crença comum, os efeitos do LSD não duram mais do que os níveis de concentração da droga no sangue. Aghajanian e Bing[10] encontraram uma meia-vida de eliminação para o LSD de 175 minutos, ao passo que, mais recentemente, Papac e Foltz[11] disseram que 1 µg/kg de LSD oral dado a um voluntário homem tinha uma meia vida de eliminação plasmática aparentemente de 5,1 horas, com um pico de concentração no plasma de 1,9 ng/mL três horas após a dose ser tomada. Além disso, Aghajanian e Bing encontraram que as concentrações sanguíneas de LSD se relacionavam com as dificuldades dos voluntários em responder problemas aritméticos simples.
[editar] Físicos


A dilatação das pupilas é uma das reações físicas ao LSD
As reações físicas ao LSD são extremamente variáveis e podem incluir o seguinte: contrações uterinas, hipotermia, níveis elevados de glicemia, piloereção (na pele), aumento da frequência cardíaca, mandíbula presa, transpiração, pupilas dilatadas, produção de muco, insônia, parestesia, euforia, hiperreflexia, tremores e sinestesia. Os usuários de LSD relatam hipoestesia, fraqueza[12].
[editar] Espirituais
O LSD é considerado um enteógeno porque ele pode catalisar experiências espirituais intensas nas quais os usuários se sentem como se estivessem em contato com uma ordem cósmica ou espiritual maior. Alguns demonstraram alteração da percepção de como sua mente trabalha, e alguns experienciam mudanças de longa duração em suas perspectivas de vida. Alguns usuários consideram o LSD um sacramento religioso, uma ferramenta poderosa para que terem acesso ao que é divino. Diversos livros compararam o estado dos efeitos do LSD com o estado do Bodhi, a iluminação, despertar do budismo e da filosofia oriental.
• Geralmente todos os sentidos ficam aguçados, por isso talvez a sensação de mal-estar, mas não necessariamente chega-se a passar mal.
Estas experiências sob a influência do LSD foram observadas e documentadas por pesquisadores como Timothy Leary e Stanislav Grof. Obtiveram-se evidências, através destes estudos, de que os alucinógenos podem induzir estados místicos religiosos em seus usuários (pelo menos nas pessoas que têm uma predisposição espiritual).
[editar] Flashbacks
Existe uma possibilidade de flashbacks, um fenômeno psicológico no qual o indivíduo experiencia um episódio de alguns dos efeitos subjetivos do LSD muito tempo depois de a droga ter sido consumida - algumas vezes semanas, meses ou até mesmo anos após. Os flashbacks podem incorporar tanto aspectos positivos quanto negativos das "trips" do LSD. Esta síndrome é chamada pela psiquiatria de "Transtorno Perceptual Persistente por Alucinógenos".
[editar] Psicose
Existem alguns casos de LSD induzindo quadros de psicose em pessoas que aparentavam estar saudáveis antes de consumirem a droga. Este assunto foi muito estudado por uma publicação de 1984 feita por Rick Strassman.[13] Na maioria dos casos, a reação parecida com a psicose é de curta duração, mas em outros casos ela pode ser crônica. É difícil determinar se o LSD induz estas reações ou se ele meramente desencadeia condições latentes que poderiam se manifestar por si próprias após um certo tempo. Diversos estudos tentaram estimar a prevalência de psicoses prolongadas induzidas por LSD, chegando a números de cerca de 4 em 1.000 indivíduos (0,8 em 1.000 voluntários e 1,8 em 1.000 pacientes psicoterápicos em Cohen 1960;[14] 9 em 1.000 pacientes psicoterápicos em Melleson 1971[15]).
[editar] Química


Os quatro possíveis isômeros do LSD. Destes, somente o LSD é psicoativo.
O LSD é um derivado da ergolina. Ele é geralmente produzido a partir da reação da dietilamina com uma forma ativa de ácido lisérgico.
[editar] Estabilidade
[editar] Produção


Material de produção de LSD apreendido nos Estados Unidos
Como uma dose ativa de LSD é incrivelmente pequena, um grande número de doses pode ser sintetizado a partir de uma pequena quantidade de matéria-prima. Com cinco quilogramas do sal tartrato de ergotamina, por exemplo, pode-se fabricar aproximadamente um quilograma de LSD puro e cristalino. Cinco quilogramas de LSD — 25 kg de tartrato de ergotamina — são capazes de gerar 100 milhões de doses típicas. Como as massas envolvidas são tão pequenas, o tráfico ilícito de LSD é muito mais fácil que o de outras drogas ilegais como cocaína ou maconha, em iguais quantidades de doses.[16]
A fabricação de LSD requer equipamentos de laboratório e experiência na área da química orgânica. Leva-se dois ou três dias para produzir 30 a 100 gramas do composto puro. Acredita-se que o LSD geralmente não é produzido em grandes quantidades, mas em diversas séries de pequenos lotes. Esta técnica minimiza a perda de precursores químicos no caso de um passo de síntese não funcionar como esperado.[16]
[editar] Formas de LSD
[editar] Riscos
O LSD normalmente não causa dependência física, mas podem causar dependência psicológica, sendo considerada uma droga pesada por alguns autores.[17]Outros autores descrevem a que a droga não causa dependência física ou psíquica.[18]
Existem também casos de "bad trip", que significa viagem ruim, quando a pessoa toma a droga e o efeito é de medo, paranóia, pavor (sensações ruins) e convulsões. Flash backs podem ocorrer depois de dias ou meses, levando o indivíduo a depressão, alteração psicológica, alteração de memória e quadros psicóticos.[18]
Há riscos de sobredosagem dada a percentagem muito variável de pureza do produto. É desaconselhável o consumo não acompanhado/isolado devido a riscos de distracção perceptiva. Quando misturado com produtos do tipo anfetaminas torna-se mais perigoso. É especialmente mais perigoso em caso de problemas de saúde mental, depressão ou crises de ansiedade ou incerteza.
Referências
1. ↑ a b c d Hofmann, Albert. LSD—My Problem Child (McGraw-Hill, 1980). ISBN 0-07-029325-2. Available online here or here; accessed 2007-02-01.
2. ↑ ACHRE Report, chapter 3: "Supreme Court Dissents Invoke the Nuremberg Code: CIA and DOD Human Subjects Research Scandals".
3. ↑ Rob Evans, "MI6 pays out over secret LSD mind control tests". The Guardian 24 February 2006.
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7. ↑ Stoll, W.A. (1947). Ein neues, in sehr kleinen Mengen wirsames Phantastikum. Schweiz. Arch. Neur. 60,483.
8. ↑ LSD Vault: Dosage. Erowid (2006-07-06).
9. ↑ Shulgin, Alex and Ann Shulgin. "LSD", in TiHKAL (Berkeley: Transform Press, 1997). ISBN 0-963-00969-9.
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12. ↑ Schiff PL (2006). "Ergot and its alkaloids". American journal of pharmaceutical education 70 (5): 98. PMID 17149427.
13. ↑ Strassman RJ (1984). "Adverse reactions to psychedelic drugs. A review of the literature". J Nerv Ment Dis 172 (10): 577-95. PMID 6384428.
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16. ↑ a b "LSD in the US – Manufacture", DEA Publications.
17. ↑ Nova Lei Antidrogas Comentada
18. ↑ a b Toxicología clínica
[editar] Ligações externas

O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: LSD.
• Seemingly Permanent Psychosis - LSD - by Kel'.
• Portal Farmácia
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A maconha

Maconha, marijuana, diamba, liamba, fumo de angola são alguns dos nomes populares da Cannabis. Originária da Ásia Central e Ocidental, a maconha se estendeu por todas as regiões temperadas e quentes até a Índia (nota 7).

Há mais de 2.000 anos a.C. a maconha já era conhecida na Índia, china e Egito pelos seus efeitos medicinais. Suas fibras, longas e flexíveis, também já eram empregadas desde a mais remota antiguidade na manufatura têxtil.

Não se sabe ao certo desde quando os asiáticos preparam o haxixe, mas a origem de seu nome é atribuída a uma lenda que pode dar indícios de sua antiguidade. Conta a lenda que houve no Líbano um príncipe, Hassabem-Samar-Homaisi, apelidado de velho da montanha, que viveu por volta de 1.090 e 1.160 d.C. Dizia-se que o príncipe conseguia tudo o que queria, até mesmo o assassinato de seus adversários mediante a ação do haschisch (nota 8). O príncipe fazia com que seus soldados tomassem o haschich para fanatizá-los e dar-lhes, assim, fúria e intrepidez quando fossem assassinar os inimigos. A lenda chamou-lhe, por isto, príncipe dos haschichinos, daí a origem árabe da palavra assassino (nota 9).

Curiosidades à parte, até o início do século a maconha era empregada, inclusive no Brasil, no tratamento de pessoas com asma. Naquela época, à semelhança de outras drogas cujo consumo hoje é proibido por lei, a maconha era vendida como uma espécie de maravilha curativa. Entre 1842 e 1900, a erva respondia por metade do receituário médico prescrito nos Estados Unidos (nota 10: Veja, 07/06/95).

No Brasil do início do século, o uso da maconha era restrito aos morros e favelas. Entre os intelectuais e milionários que iam estudar na Europa, o uso da morfina já era uma moda, assim como o da cocaína entre artistas e membros da alta sociedade. Entretanto, o maior ímpeto repressivo era aplicado sobre os usuários da maconha, que eram acusados de envolvimento com a criminalidade (nota 11).

A partir dos anos 60 podem ser observadas mudanças no perfil do usuário da maconha. Saindo dos meios miseráveis, a maconha conquistou a classe média, especialmente a geração hippie e os jovens. O aumento da criminalidade deixa então de ser associado com os usuários da maconha e passa a ser relacionado com a estrutura do tráfico.

A coca e a cocaína

A coca é o nome popular do gênero Erytroxylum, que tem cerca de 250 espécies em todo o mundo. As únicas que contêm cocaína são as duas espécies sul-americanas: Erytroxylum coca e Erytroxylum novogranatensis. A Erytroxylum coca é originária da Bolívia e do Peru e tem duas variedades: a coca e o epadú. Esta espécie é considerada de melhor qualidade e é a mais usada para a fabricação da cocaína, já que tem um maior teor deste alcalóide. A Erytroxylum novogranatensis cresce no Peru e na Colômbia e também tem duas variedades: a novogranatensis propriamente dita (de Nueva Granada) e a variedade truxillense (a coca de Trujillo). Também chamada de tupa coca, coca noble ou coca dulce, a truxillense era preferida pelos incas pelo seu gosto mais doce. É esta coca que é exportada legalmente para a fabricação de refrigerantes (nota 12).

Segundo Cabieses (1992), desde épocas imemoriais a coca vem sendo reverenciada pelos povos da região andina e, em alguns casos, chegou a ser considerada uma divindade. Fazia parte de uma multiplicidade de cerimônias religiosas, ritos funerais e mágicos em quase todas as culturas pré-colombianas desta região. Seu efeito sobre o organismo humano abolindo a fadiga, a dor e a fome sempre foi considerado como algo sobrenatural e seu culto não somente teve uma importância religiosa, mas também política ao extremo de que uma das imperatrizes, esposa do inca Mayta Ccapac, adotou o nome sagrado de Mama Coca (nota 13: CABIESES, Fernando. Op. cit.).

Em tempos pré-incaicos, era um costume generalizado, freqüente em todas as classes sociais e econômicas, colocar pequenas bolsas (chuspas) cheias de folhas de coca nos túmulos para reconfortar o morto em sua viagem prolongada até o “outro lado”. Segundo Cabieses (1992), esse costume manteve-se também em período incaico, mas o consumo da coca durante a vida era um privilégio muito exclusivo da elite imperial e o cidadão comum só a consumia em ocasiões muito especiais.

Durante a conquista espanhola, a coca se converteu em centro de uma agitada discussão. Depreciada pelos conquistadores que consideravam seu uso um hábito repugnante, as massas indígenas, famintas e fatigadas, passaram a ter fácil acesso à coca. Aliás, esta era um barato substituto do salário e da alimentação do trabalhador índio (nota 14: CABIESES, Fernando. Op. cit.).

Seu uso se generalizou durante a colonização. Entretanto, a coca não constitui apenas um mero estimulante capaz de aliviar a dor e o cansaço, mas também um meio essencial de integração social e de solidariedade humana no mundo andino.

Chamada por Cabieses de “filha maldita da coca”, a cocaína foi sintetizada em 1857 pelo alemão Albert Niemman, que publicou sua descoberta em 1860. Em 1863, Angelo Mariani já havia consolidado seu uso em Paris. A coca era vendida em chás, elixires e nos vinhos Mariani, que logo ficaram muito populares por toda a Europa. O sucesso destes produtos logo chegou aos Estados Unidos, onde eram comercializados pelos laboratórios Parke Davis. O prestígio dos cordiales da coca e dos vinhos Mariani era tanto que estes produtos chegaram a ser recomendados por Thomas Edson e pelo presidente Mac Kinley (nota 15: CABIESES, Fernando. Op. cit.).

Sua popularidade desde então passou por altos e baixos. Inicialmente vendida como a panacéia de todos os males, a cocaína foi perdendo o prestígio quando foram descobertos seus efeitos perigosos, até ser finalmente proibida pela Convenção de Haia, em 1912.

Os opiáceos (nota 16)

As propriedades calmantes, soníferas e anestésicas do ópio já são conhecidas há mais de 4.000 anos. O ópio é extraído da papoula, planta anual herbácea da família das papaceráceas. Originária da região mediterrânea oriental, a papoula está adaptada aos climas quentes. O processo de extração de seu sumo é relativamente complexo, portanto, os antigos comiam a flor inteira ou a maceravam para obter o sumo (nota 17). Na Mesopotâmia, os sumérios curavam doenças com infusões obtidas a partir da papoula. Mais tarde, os assírios e depois os babilônios herdaram a arte de extrair o suco leitoso dos frutos para fazer remédios.

Hipócrates foi um dos primeiros a descrever seus efeitos medicinais contra diversas enfermidades. Mais tarde, um médico grego em Roma, dois séculos depois de Cristo, padronizou a preparação do ópio com uma fórmula (o mitridato) que receitava aos gladiadores.

Por volta do século VII, turcos e árabes islâmicos da Ásia Ocidental descobriram que efeitos mais poderosos da droga eram obtidos pela inalação da fumaça do suco da papoula solidificada. Ampliam seus cultivos e passam a obter grandes lucros com sua comercialização em novos mercados. Seu uso logo se difundiu na Índia e na China, para aliviar a dor, a fome e as agruras da subnutrição.

Apenas no começo do século XI é que os médicos árabes notam que o organismo desenvolve tolerância aos efeitos do ópio, isto é, que uma pessoa precisa usar mais ópio para obter os mesmos efeitos de antes.

No começo do século XVI, o uso do ópio já era difundido pela Europa, mas diminui quando a Igreja Católica passa a controlar os remédios. Nesta época, um médico e alquimista suíço, Paracelso, elaborou um concentrado de suco de papoula - o láudano. As teorias de Paracelso e as de seus seguidores de que o uso do láudano tinha o poder de curar muitas doenças e até de rejuvenescer, disseminaram o seu uso em todo o mundo ocidental tornando-o popular durante o século XVIII. Com a expansão das rotas comerciais, o ópio já se tornara uma droga universal.

No início do século XIX, autorizada pela Coroa britânica, a Companhia das Índias Ocidentais passa a deter o monopólio da venda do ópio no sudeste asiático e chegam ao controle do comércio com o oriente, até então dominado pelos árabes. As guerras do ópio na China, já suficientemente conhecidas, só tem seu desfecho em 1856, com o Tratado de Nanquim.

Em 1803, Frederick Sertuener, um cientista alemão, tendo observado que os diferentes subprodutos da papoula produziam diferentes efeitos, procurou isolar os elementos narcóticos do ópio. No mesmo ano, obteve um cristal alcalóide de efeitos muito intensos a que denominou morfina. Seu uso popularizou-se sobretudo a partir de meados do século XIX, devido à invenção e ao aperfeiçoamento da seringa hipodérmica, que tornou a aplicação da droga mais eficaz, dada a rápida absorção pela corrente sanguínea.

Em 1874, C. R. Wricht, um químico inglês, sintetizou a diacetilmorfina, que só 25 anos depois ficou conhecida do público. Em 1898, Heinrich Dresser, um químico da Bayer, também obteve a diacetilmorfina. Logo, a empresa alemã Bayer iniciou a produção industrial da substância, batizando-a com o nome de heroína que, com o tempo, deixou de ser marca comercial tornando-se o nome comum da droga.

No final do século XIX, a heroína foi objeto de intensa campanha comercial. Era indicada contra a tosse e outras enfermidades. Entretanto, os pesquisadores logo descobrem que a heroína produzia a mesma dependência característica da morfina. A Bayer suspendeu a propaganda, mas continuou a distribuir o produto, que permaneceu disponível por toda uma geração em laboratórios de todo o mundo.

Nenhuma droga teve o prestígio medicinal do ópio e de seus derivados.

Cola de sapateiro e lança-perfume

– Possuem substâncias classificadas entre as drogas inalantes. O toluene é o ingrediente ativo na cola. Tem efeito similar ao do álcool: euforia, perda da coordenação motora e, no extremo, vômitos e coma. Descoberto no século XIII e usado como anestésico, o éter, principal ingrediente do lança-perfume, passa a ter uso recreativo por volta de 1700, na Inglaterra. A substância deprime o sistema nervoso e pode provocar gastrite e enfarte.